Por muitos motivos, hoje me despeço, nem que seja com um simples beijinho na bochecha. Perdoa-me todas as vezes que te tentei explicar que o nosso cantinho já não é nosso e que o quente dos nossos corações já não se colam um no outro. Encontro-me perdida, por entre as gotas de chuva lá fora, já não me sinto eu, nem nós.
Eu não queria olhar para trás sem te ver, mas vou olhar para trás e ver-te a ir embora.
Não te posso pedir mais carinho, nem um abraço forte. Já desististe, e eu também tenho desistir, para conseguires dar algum valor.
Choro todos os dias, cheia de inseguranças, com medos que já os tinha perdido à infinitos de tempo. Porque tu estavas lá, porque eu era feliz e nem sabia. Agora noto, que tudo fazia uma boa diferença na minha vida, e enchia-a de cor. Orgulho-me de cada foto, de cada beijo, de cada abraço, cada noite passada agarrada a ti no conforto dos lençóis, dos nossos momentos com os nossos amigos, dos nossos momentos a sós, das idas ao cinema, dos nossos risos, das nossas cantorias desafinadas, da nossa liberdade.
Muita coisa mudou, e como era de prever... esperei o demasiado que tudo fosse permanecer, tal como dizias, tal como as palavras e a doçura que depositavas em mim.
Vou sentir saudades, tuas. Tuas e nossas. De mim. Do quanto me cativavas. Do quanto sabias libertar o meu espírito livre.
Vou gostar sempre muito de ti. Do meu coração não vais sair..
Mas por uns tempos, vou dar um tempo à confusão, e arranjar tempo só para a calma da alma.
Aguarda
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