Fui feito do prazer com um pouco de amor. Sonhado para ser perfeito, gerado para ser sadio. Posto no mundo para ser alguma coisa, e depositado em mim muitos sonhos que não foram realizados.
Sou praticamente uma ambição mesquinha ambulante, sobrevivendo cada dia como se não houvesse uma certeza do amanhã. Talvez para mim o amanhã nunca chegue, pois, meu corpo falha onde não deveria. A sociedade culpa porque idolatra a perfeição. Eu não sou mais que um peso quase morto para os ao meu redor, mas o coração que as vezes parece falhar me avisa que em algum lugar eu sou querido, perfeito do jeito que sou e que nunca morrerei antes de saber que a vida realmente vale a pena de se viver.